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A classificação teve como objecto a área do burgo medieval, limitada pelas muralhas do século XIV. Aí se localizam os mais antigos edifícios da cidade, as suas típicas ruas e alguns dos mais atractivos espaços públicos.
Dado que o desenvolvimento do Porto foi um processo acompanhado de estreitas relações com a margem esquerda do Rio Douro, a proposta de classificação inclui ainda a emblemática Ponte D. Luís I, da autoria de um discípulo de Gustavo Eiffel - Theophile Seyrig - e, o monumento que lhe fica sobranceiro, o convento Agostinho Da Serra do Pilar.
A área de protecção coincide praticamente com os antigos arrabaldes da cidade medieval, tanto do lado do Porto, como de Vila Nova de Gaia. Esta última inclui a encosta em anfiteatro, onde se implantam as caves do Vinho do Porto. Da margem norte, fazem parte a velha freguesia de Miragaia, a qualificada cintura setentrional, cuja renovação se iniciou a partir do século XVIII, o arrabalde antigo de Santo Ildefonso e a escarpa dos Guindas e das Fontainhas que, em socalcos, desce até ao Rio Douro.
1- Sé Catedral
2- Paço Episcopal
3- Igreja de S. Lourenço ou dos Grilos
4- Torre da Rua de D. Pedro Pitões
5- Ruína Medieval da Casa da Câmara (erradamente conhecida por Casa dos 24)
6- Oratório da Capela de S. Sebastião
7- Muralha Primitiva
8- Casa da Rua de D. Hugo nº5
9- Casa do beco dos Redemoinhos
10- Casa Museu de Guerra Junqueiro
11- Casa dos Freires de Andrade
12- Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio (Antigo Recolhimento do Ferro)
13- Muralha Fernandina
14- Casa do Ascensor dos Guindais
15- Igreja de Santa Clara
16- Palácio dos Condes de Azevedo
17- Recolhimento da Porta do Sol (ou Recolhimento de N.ª S.ª das Dores e S. José das Meninas Desamparadas)
18- Capela dos Alfaiates ou de Nossa Senhora de Agosto
19- Edifício do Governo Civil (Antiga Casa Pia)
20- Teatro de S. João
21- Igreja da Ordem do Terço
22- Praça da Batalha
23- Monumento a D. Pedro V
24- Palácio da Batalha
25- Igreja de Santo Ildefonso
26-Igreja dos Congregados
27- Estação de S. Bento
28- Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados
29- Monumento a D. Pedro IV
30- Câmara Municipal do Porto
31- Igreja da Trindade
32- Igreja dos Clérigos
33- Faculdade de Ciências (Antiga Academia Politécnica)
34- Igreja dos Terceiros do Carmo
35- Igreja dos Carmelitas
36- Instituto de Ciências Abel Salazar (Antiga Escola Médico-Cirúrgica)
37- Hospital de Santo António
38- Edifício da Cooperativa Árvore (Casa dos Albuquerques)
39- Passeio das Virtudes
40- Jardim da Cordoaria
41- Capela de S. José das Taipas
42- Antiga Cadeia da Relação
43- Igreja de S. Bento da Vitória
44- Edifício da Polícia Judiciária (Casa de José Monteiro de Almeida)
45- Igreja de Nossa Senhora da Vitória
46- Casa da Rua de S. Miguel, n.º 4
47- Igreja da Misericórdia
48- Casa dos Cunha Pimentéis
49- Edifício da Antiga Companhia de Seguros Douro
50- Palacete de Belomonte (Casa dos Pacheco Pereira)
52- Palácio de S. João Novo
52- Palácio de S. João Novo
53- Igreja de S. João Novo
54- Igreja de S. Pedro de Miragaia
55- Palácio das Sereias
56- Alfândega do Porto
57- Hospital de São Francisco
58- Casa de Despacho da Ordem Terceira de São Francisco
59- Igreja dos Terceiros de São Francisco
60- Igreja de S. Francisco
61- Palácio da Bolsa
62- Instituto do Vinho do Porto
63- Mercado Ferreira Borges
64- Praça do Infante D. Henrique
65- Monumento ao Infante D. Henrique
66- Igreja de S. Nicolau
67- Casa da Rua da Reboleira, n.º 55
68- Casa da Rua da Reboleira, n.º 59
69- Capela de Nossa Senhora do Ó
70- Casa do Infante (ou da Alfândega Velha)
71- Feitoria Inglesa
72- Praça e Cais da Ribeira
73- Postigo do Carvão
74- Alminhas da Ponte
75- Pilares da Ponte Pênsil
76- Ponte de Luís I
77- Casa da Companhia Velha
78- Casa dos Sousa e Silva
79- Casa dos Constantinos
80- Casa dos Maias
81- Antigo Hospital de D.Lopo
82- Praça de D. João I
83- Torre da Rua de Baixo
84- Chafariz da Rua Escura
85- Fonte da Rua das Taipas
86- Chafariz do Anjo (Largo da Sé)
87- Chafariz das Virtudes
88- Chafariz da Colher
89- Fonte da Rua de S. João (Praça da Ribeira)
90- Antigo Restaurante Comercial
91- Casa de Arte Nova (Rua Galeria de Parisn.º 28)
92- Casa Arte Nova (Rua Cândido Reisn. 75, 79)
93- Capela Nossa Senhora da Silva
94- Casa Vincent
95- Casa Reis, Filhos
1. Capela da Nossa Senhora do Ó
Antiga capela de Nº Srª da Piedade ou do Cais, deve o seu nome ao facto de ter sido transferida para aqui a imagem da Senhora do Ó, proveniente da capela da Porta da Ribeira, demolida em 1821. O edifício data do século XVII, tendo sido remodelado no século XIX após a destruição ocorrida durante as lutas liberais. No interior, destaca-se um retábulo em talha de inícios do século XVIII, da autoria de João da Costa.
Largo do Terreiro
2. Igreja e Convento de S. Bento da Vitória
O convento foi fundado no fim do século XVI, em local que pertencera à antiga Judiciária do Olival. A construção da igreja teve início pouco tempo depois e prolongou-se por todo o século XVII. Foi projectada pelo arquitecto Diogo Marques. No interior, destacam-se os retábulos em talha dourada. O coro é decorado com um notável conjunto de talha, representando passos da vida de S. Bento.
Rua S. Bento da Vitória
3. Chafariz da Rua Escura
Construído no século XVII na Rua Escura, foi transferido em 1940 para o local onde actualmente se encontra. É composto por um tanque e um pano de fundo em que sobressai um pelicano ladeado por duas figuras femininas. O conjunto é encimado pelas armas reais portuguesas.
Escadas do Codeçal
4. Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio (Recolhimento do Ferro)
Igreja de traça barroca, construída na segunda metade do século XVIII. Para aqui se transferiu o Recolhimento do Ferro, inicialmente situado na Rua Escura. Segundo um autor do século XVIII, o nome advém-lhe de um ferro que atravessava a porta da primitiva igreja. Esta ficava próxima das antigas cadeias e, segundo a tradição, o ferro livrava da morte os condenados que o alcançassem.
Escadas Codeçal
5. Torre da Rua de Baixo
Este edifício é um dos mais antigos da cidade e o único exemplar da arquitectura civil medieval existente na zona do Barredo. É uma construção de cinco pisos, com fachadas para duas ruas, tendo no entanto um desnível de um piso. O acesso à entrada principal é feito por uma escada exterior ao edifício, como era comum na época. Apesar das transformações sofridas, esta construção poderá remontar ao século XIII, pela tipologia das janelas primitivas ainda existentes.
Rua de Baixo
6. Pilares da Ponte Pênsil
Segundo projecto do engenheiro Estanislau Bigot, que também dirigiu as obras, foi a Ponte Pênsil inaugurada em Fevereiro de 1843. Desactivada em 1887, restam apenas do lado norte os dois pilares de granito ( agora incompletos ) que sustentavam a ponte suspensa, assim como a ruína dos dois andares da casa da guarda militar.
7. Fonte da Rua das Taipas
Construído em 1772, pelos moradores do Postigo das Virtudes, foi substituído pelo actual nos fins do século XVIII, em estilo neoclássico. Era alimentado pelo manancial de água de Paranhos, servindo através da Arca do Anjo, por um aqueduto que abastecia a zona do Olival.
Rua das Taipas
8. Capela de Nossa Senhora da Silva
Edifício onde funciona, desde o século XV, a Confraria de Nossa Senhora da Silva. Na fachada, ao nível do 1º andar, encontra-se um oratório do século XVIII com as imagens de Nª Srª da Silva, S. João Baptista e S. Baldomero, protegido por uma cobertura em talha. Dentro do edifício encontra-se a capela da confraria, que juntamente com uma albergaria, era administrada pelos ferreiros, caldeireiros e anzoleiros da Cidade.
Rua dos Caldeireiros
9. Alminhas da Ponte
Baixo relevo em bronze realizado em 1897 pelo escultor Teixeira Lopes (pai), representa a tragédia da Ponte das Barcas ocorrida no dia 29 de Março de 1809. Aquando do cerco da cidade pelas tropas francesas do Marechal Soult, centenas de populares em fuga tentaram atravessar o rio Douro lançando-se sobre a ponte, que cedeu sob o seu peso. É hoje um local de crença e devoção das gentes da Ribeira.
Cais da Ribeira
10. Casa n.º 59 da Rua da Reboleira
Interessante exemplar da arquitectura civil dos finais da Idade Média (século XIV), esta casa-torre conserva ainda intacta a sua estrutura original onde foram rasgadas, posteriormente, novas aberturas. Nesta zona existiam outras habitações atorreadas, a maior parte já desaparecidas, à excepção da casa com o nº 59, cuja fachada mantém ao nível do rés-do-chão, as janelas e os portais góticos.
Rua da Reboleira, 59
11. Casa da Rua de D. Hugo n.º 5
Edifício do século XIX que reaproveita construções anteriores. Na parede exterior do lado norte observa-se a fachada principal invertida de um edifício gótico. No interior do edifício, foram descobertos vestígios arqueológicos do primitivo povoado da Idade do Ferro (castro), bem como restos de construções da época romana e medieval, que foram preservadas.
Rua de D. Hugo n.º 5
12. Muralha Primitiva
Em torno do Morro da Sé ergue-se a primitiva muralha medieval da Cidade, construída nos séculos XI-XII, sobre anteriores alinhamentos defensivos. Nesta muralha abriam-se as portas de Vandoma, de S. Sebastião e de Santana, bem como o Postigo da Mentira, depois chamado "Porta das Verdades". Desta cerca restam apenas alguns trechos escondidos sob o casario, à excepção do troço junto a Vandoma.
13. Antigo Clube Inglês
Este edifício, cujo terraço assenta numa das torres da muralha do século XIV, serviu como Casa de Repouso à Congregação de São Bernardo. Foi adquirido em 1834 por um abastado comerciante portuense, que então o remodelou. Depois de 1923 esteve aqui sediado o Oporto Bristish Club, lugar de encontro da Comunidade Britânica no, Porto.
No interior, destaca-se a decoração de alguns tectos pintados.
Rua das Virtudes
14. Casa do Despacho e Igreja dos Terceiros de São Francisco
A Casa do Despacho foi construída em meados do século XVIII, para alojar serviços da Ordem Terceira de São Francisco. Nasoni foi o autor do projecto e desenhou também parte da talha que enriquece o interior. No piso subterrâneo situa-se o cemitério dos irmãos.
A igreja, iniciada em 1795, foi a primeira em estilo neoclássico do Porto. Construída segundo desenho do arquitecto António Pinto de Miranda, teve colaboração de artistas de renome na decoração interior, como os pintores Vieira Portuense e Teixeira Barreto, o escultor Sousa Alão, e Luís Chiari, em trabalhos de talha e estuques.
Rua Infante D. Henrique
15. Casa do Beco dos Redemoinhos
Construída na primeira metade do século XIV, é uma das mais antigas casas de habitação da cidade. Originariamente a fachada possuía duas portas e quatro janelas góticas. Outrora a casa dava para um desafogado largo do burgo, que ladeava o deambulatório da catedral medieval.
Beco dos Redemoinhos
16. Teatro Nacional de S. João
O edifício primitivo foi construído no fim do século XVIII, por iniciativa de Francisco de Almada e Mendonça e segundo risco do arquitecto italiano Vicente Mazoneschi. Ardeu em 1908, sendo reconstruído três anos mais tarde. O novo teatro foi projectado pelo arquitecto Marques da Silva, introduzindo alguns aspectos inovadores na arquitectura portuense. Pela primeira vez, foi usado o cimento na sua cor natural, no revestimento exterior.
Praça da Batalha
17. Chafariz do Anjo
Atribuído a Nicolau Nasoni, este chafariz datado do século XVIII, apresenta uma interessante moldura constituída por uma grade em ferro forjado e um relevo em mármore incrustado na parte superior da bica. A rematar o conjunto uma pequena escultura representando o anjo S. Miguel, em pedra de Ançã.
Largo da Sé
18. Oratório da Capela de São Sebastião
A capela foi construída pela Ordem dos Agostinhos Descalços, sediados no Convento dos Grilos e as suas armas figuram na fachada. Fazia parte de um conjunto de oratórios incluídos no percurso da procissão do Senhor dos Passos, que a Ordem organizou até 1832.
Rua Escura
19. Igreja de São João Novo
A igreja pertencia ao Convento dos Eremitas Calçados de Santo Agostinho. Foi construída nos séculos XVII-XVIII, um pouco acima da antiga ermida de São João de Belmonte. Revela a influência da Igreja dos Grilos, pela composição da fachada e pelo ordenamento interior.
Largo de S. João Novo
20. Palácio de São João Novo
Palácio construído no segundo quartel do século XVIII, pelo arquitecto António Pereira. Foi residência de Pedro da Costa Lima, fidalgo da Casa Real que exerceu diversos cargos na cidade, como o de Administrador do Trem do Ouro. São dignos de nota a fachada principal e, no interior, a escadaria nobre.
Largo de S. João Novo
21. Igreja de Nossa Senhora da Vitória
Em 1758 a antiga igreja de Nossa Senhora da Vitória estava fechada ao culto porque as suas estruturas ameaçavam ruína. Por esse motivo desde 1755 que os serviços paroquiais haviam sido transferidos para a capela de S. José, na rua das Taipas, onde se mantiveram até à conclusão da construção da nova igreja. Por iniciativa do bispo do Porto D. Frei António de Sousa (1757-1766), começou-se a reconstrução do templo à volta de 1758, e em 1768 as obras entravam já na fase final (Joaquim Jaime B. Ferreira-Alves). A 5 de Agosto do ano seguinte a igreja era inaugurada.
Durante o cerco do Porto a igreja sofreu danos que obrigaram a nova transferência da paroquial, agora para a vizinha igreja do Mosteiro de S. Bento da Vitória. Em 1874 padeceu ainda um incêndio.
Por esta igreja passaram os melhores artistas da talha rococó portuense: Francisco Pereira Campanhã e José Teixeira Guimarães (Natália Marinho Fereira-Alves).
A bela imagem de Nossa Senhora da Vitória, em retábulo lateral, é obra de Soares dos Reis. O rosto da Virgem, demasiado humanizado, foi substituído por outro executado por mestre santeiro, de linhas mais convencionais de acordo com a sensibilidade popular.
Rua S. Bento da Vitória, 2
22. Capela de São José das Taipas
Começou a ser construída em 1795, em estilo neoclássico, e ficou concluída em 1878. O projecto inicial atribuído a Carlos Amarante, foi depois parcialmente alterado. No interior existe um quadro comemorativo do da Ponte das Barcas.
Rua Dr. Barbosa de Castro
23. Torre da Rua de D. Pedro Pitões
Casa-torre medieval descoberta na época das demolições do Terreiro da Sé, na década de 1940. Foi então completamente reconstruída, estando deslocada do sítio original. Na parede norte pode ver-se um balcão em pedra de feição gótica, elemento de construção recente. Aqui esteve instalado o Gabinete de História da Cidade até 1960.
Rua de D. Pedro Pitões
24. Igreja e Torre dos Clérigos
Este conjunto arquitectónico foi construído entre 1732 e 1763, por iniciativa da Irmandade dos Clérigos Pobres. A execução do projecto foi entregue ao arquitecto italiano Nicolau Nasoni. A frontaria da igreja é profusamente decorada com elementos do período barroco, e o interior foi enriquecido com talha. A torre, considerada uma das obras-primas de Nasoni pelas proporções harmoniosas e riqueza decorativa, tornou-se um dos ex-libris do Porto.
Rua S. Filipe Nery
25. Igreja dos Grilos( Igreja do Colégio de São Lourenço )
Igreja edificada no século XVI em estilo maneirista. Pertencia ao Colégio da Companhia de Jesus e o frontal ostenta o seu emblema. Depois da expulsão dos Jesuítas foi vendido aos Agostinhos Descalços, conhecido por Frades Grilos, que aqui permaneceram até 1832. No interior destacam-se o retábulo de Nª Srª da Purificação, em talha dourada, e um belo painel em estilo neoclássico.
Largo Dr. Pedro Vitorino
26. Estação de S. Bento
Edifício construído no início do século XX, no local onde existia o Convento de São Bento de Avé-Maria, edificado no período manuelino. O projecto da estação é da autoria do arquitecto Marques da Silva. O amplo vestíbulo da gare foi totalmente revestido com excelentes painéis de azulejo do pintor Jorge Colaço, colocados em 1916. Ilustram a história dos transportes, aspectos etnográficos e acontecimentos célebres da história portuguesa.
Praça Almeida Garrett
27. Igreja de Santa Clara
A construção da Igreja e Convento feminino de Santa Clara data da primeira metade do século XV. Na época moderna sofreu alterações, sendo construído o portal renascentista. Já no século XVIII, a fachada foi novamente alterada. O seu interior foi revestido a talha dourada na mesma época, e é considerado um dos melhores trabalhos dos entalhadores da escola portuense.
Largo 1º de Dezembro
28. Muralha Fernandina
A segunda cinta de muralhas começou a ser construída por D. Afonso IV. Terminou-se em 1376, já no reinado de D. Fernando - daí a designação de "fernandina". Nela se abriam 4 portas, defendidas por torres, e 14 postigos. Este troço, restaurado na década de 1920, é actualmente o mais bem conservado.
Escada do Caminho Novo
29. Feitoria Inglesa
Construída entre 1785 e 1790, segundo projecto da autoria do cônsul John Whitehead, inspirado no estilo neopalladiano inglês. A fachada principal voltada à Rua do Infante D. Henrique, tem no rés-do-chão sete arcos que dão passagem a uma galeria exterior que antecede a entrada principal do edifício. A frontaria remata com uma platibanda, decorada com balaústres e festões. No interior é de salientar a escadaria e a respectiva clarabóia, a sala de baile e a monumental cozinha.
Rua Infante D. Henrique
30. Casa do Infante (Alfândega Velha)
O primeiro edifício foi construído na primeira metade do século XIV, sendo destinado a Alfândega Régia e habitação dos seus oficiais. Constituído por duas torres ameadas separadas por um pátio central, era o edifício de arquitectura civil mais importante da zona ribeirinha. Segundo a tradição, teria nascido nesta casa o Infante D. Henrique, em 1394. Anexa ao edifício funcionou a Casa da Moeda do Porto, desde o Século XIV. Com grandes obras de remodelação no século XVII, a Alfândega manteve-se neste local durante mais de 500 anos.
Rua da Alfândega
31. Monumento ao Infante D. Henrique
Monumento erguido por ocasião do 5º centenário da morte do Infante D. Henrique, a sua construção iniciou-se em 1894, na presença do Rei D. Carlos, tendo sido inaugurado em 1900. O projecto é da autoria do escultor Tomás Costa. A estátua apresenta o Infante vestido de guerreiro junto a um globo terrestre, apontando simbolicamente para além-mar. No sopé, dois grupos alegóricos representando o triunfo das navegações portuguesas e da fé.
Praça Infante D. Henrique
32. Igreja de S. Nicolau
A antiga igreja medieval foi destruída por um incêndio em 1758, tendo sido reedificada em estilo misto de clássico e barroco. É um templo de uma só nave e no seu interior destaca-se a talha de estilo rocócó, da autoria de Frei Manuel de Jesus Monteiro, bem como um painel do pintor João Gama. Mantém-se ainda como sede da antiga Confraria dos Ourives.
Rua Infante D. Henrique
33. Mercado Ferreira Borges
Edifício projectado pelo arquitecto João Carlos Machado ( 1885-1888 ) para substituição do antigo mercado da Ribeira, representa um dos momentos mais importantes da arquitectura do ferro no Porto, feita com materiais da antiga fundição " Companhia Aliança ". Entre 1939 e 1978 foi utilizado como mercado abastecedor de frutas. Depois de um período de abandono, sofreu obras de restauro, e hoje serve como espaço de animação cultural.
Rua Ferreira Borges
34. Palácio da Bolsa
A construção do Palácio da Bolsa, sede da Associação Comercial do Porto, iniciou-se em 1842, no local do antigo convento de S. Francisco. O seu projecto é da autoria do arquitecto Joaquim da Costa Lima. O vestíbulo que dá acesso ao pátio das Nações está coberto por uma estrutura metálica envidraçada. No interior do Palácio destaca-se o "Salão Árabe", inspirado no Palácio de Alhambra, bem como esculturas de Soares dos Reis e Teixeira Lopes.
Rua Ferreira Borges
35. Conventual de S. Francisco
A construção da igreja do convento de S. Francisco teve início no século XIV. Tem a estrutura de um templo gótico, com reminiscências do estilo românico. Da frontaria podemos salientar a rosácea e o portal, este edificado já nos séculos XVII-XVIII em estilo barroco. O interior é revestido a talha dourada da mesma época . De realçar o retábulo do altar da capela de Nossa Senhora da Conceição, representando a Árvore de Jessé esculpida em madeira polícroma assim como a capela de S. João Baptista da autoria do arquitecto Diogo de Castilho, de finais do século XV.
Rua Infante D. Henrique
36. Antiga Cadeia da Relação
A obra da Cadeia e Tribunal da Relação teve início em 1765, por ordem de João de Almada e Melo. Eugénio dos Santos, um dos mais conceituados técnicos ao serviço do Marquês de Pombal, foi o autor do projecto, em estilo neoclássico. Com sua forma estranha, devido ao espaço então disponível entre o convento dos beneditos e a muralha medieval, foi um dos edifícios mais imponentes construídos na época. Numa das celas esteve preso Camilo Castelo Branco.
Rua S. Bento da Vitória
37. Igreja da Misericórdia
A igreja foi edificada na segunda metade do século XVI, mas sofreu grandes alterações em meados do século XVIII. A frontaria foi então reconstruída segundo desenho de Nicolau Nasoni. Profusamente decorada, denota já a influência do rocócó. No interior, salienta-se a capela-mor, ainda do primitivo edifício quinhentista. Pode também apreciar-se, na sacristia, o revestimento a azulejo do século XVII.
Rua das Flores
38. Ruína Medieval da Casa da Câmara
Torre construída nos séculos XIV-XV onde funcionou a Câmara Municipal até o edifício ter começado a ameaçar ruína. A entrada principal fazia-se pelo adro da Sé e era um dos edifícios mais importantes da cidade medieval. Todo em cantaria lavrada e guarnecido de merlões, tinha mais de 100 palmos de altura. Destacava-se ainda pela qualidade da obra de carpintaria e pintura no interior.
Rua de Pena Ventosa
39. Sé do Porto (Catedral)
Edifício construído no século XII, em estilo românico. Na torre do lado Norte um baixo relevo representando uma embarcação do século XIV simboliza a vocação marítima da cidade. A Sé recebeu importantes beneficiações no período gótico e no século XVIII. No interior destacam-se a sacristia, o claustro, a capela de João Gordo ( com um notável túmulo gótico ) a Sala do Capítulo e a exposição de Arte Sacra. As pinturas de Nicolau Nasoni, o retábulo-mor em talha dourada e o altar em prata do Santíssimo Sacramento são do período barroco.
Terreiro da Sé
40. Casa-Museu Guerra Junqueiro
Edifício construído no século XVIII para habitação de um cónego da Sé, o Doutor Domingos Barbosa. De arquitectura barroca, o seu projecto tem sido atribuído a Nicolau Nasoni. Apresenta duas torres angulares largas e baixas, a recordar as casas quinhentistas portuguesas. Actualmente reúne as colecções de arte dourada à Câmara Municipal do Porto pelos herdeiros do poeta Guerra Junqueiro.
Rua D. Hugo
41. Paço Episcopal
A construção do primitivo Paço remonta aos séculos XII-XIII. Foi feito de novo nos finais do século XVIII, tornando-se num dos principais palácios da cidade. O projecto é atribuído ao arquitecto Nicolau Nasoni. Nas fachadas pode apreciar-se o notável trabalho de cantaria e, no interior, a escadaria barroca e uma janela do antigo paço medieval.
Terreiro da Sé
42. Praça da Ribeira
A Praça tem origem num antigo mercado medieval. Foi transformada no século XVIII, por iniciativa de João de Almada e Melo e com o apoio do cônsul inglês John Whitehead. Do novo plano apenas foram construídos os edifícios a poente, até à platibanda intermédia, e a bela fonte que serve de pano de fundo, no lado oposto ao rio. Data ainda dessa época a abertura da Rua de São João, sobre o antigo leito do Rio da Vila, para ligação à zona alta da cidade. Em 1821, foi demolido o pano da muralha fernandina que limitava a praça a Sul.
Praça da Ribeira
43. Ponte Luis I
Projectada pelo engenheiro Teófilo Seyrig, a ponte Luís I foi inaugurada a 31 de Outubro de 1886. É constituída por dois tabuleiros metálicos sustentados por um grande arco de ferro e cinco pilares. O tabuleiro superior tem uma extensão de 391,25m e o tabuleiro inferior 174 m.